Os vereadores Anselmo Rolim (PP) e Luiz dos Santos (PMN), indicados pela mesa diretora da Câmara de Sorocaba para integrar uma comissão proposta pelo prefeito Vitor Lippi (PSDB) para investigar corrupção do seu próprio governo, desistiram de integrar a comissão.
Na tarde de terça-feira, dia 6, os dois anunciaram a desistência. A dupla atendeu a um pedido da bancada do PT, que cobra a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) ao invés da criação de uma comissão "chapa branca". Além da Câmara, o PT também pediu a não-participação de integrantes de todas as entidades que foram convidadas por Lippi a participarem da comissão criada por ele.
"Ao desistirem da comissão "chapa branca", os vereadores [Anselmo e Luiz dos Santos] reconheceram que o trabalho da Câmara é investigar e disseram que o caminho correto é somente a CPI. "Agora esperamos que eles nos dêem as duas assinaturas que faltam para que a CPI venha a ser instalada", argumenta o vereador Izídio de Brito (PT).
Precisa-se de sete assinaturas para se instalar uma CPI. A lista já tem cinco assinaturas: Izídio de Brito e Francisco França (PT), Caldini Crespo (DEM), Marinho Marte (PPS) e Tonão Silvano (PMDB).
O Caso
No último dia 28 a empresária e aliada política do prefeito Lippi, Ivanilde Vieira, foi presa acusada de comandar uma quadrilha formada com integrantes de dentro do Paço. O grupo extorquia donos de postos de combustíveis. A prisão foi resultado de um ano e meio de investigação da Polícia Civil e Ministério Público.
O secretário de governo Maurício Biazotto, citado nas investigações, pediu demissão do cargo. José Dias Batista Ferrari, secretário de desenvolvimento econômico, também foi citado, negou envolvimento e permanece no cargo.
Desde o começo do ano Lippi perdeu sete secretários. Dois pediram exoneração por falta de apoio às suas pastas, os outros cinco foram afastados por envolvimento em algum tipo de escândalo.
AI Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e região