terça-feira, 8 de setembro de 2009

Aumenta a presença feminina entre metalúrgicos na região

As mulheres estão crescendo na tradicionalmente masculina categoria metalúrgica. Entre os 41 mil trabalhadores atendidos pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região no primeiro trimestre deste ano, 6.506 (15,9%) eram mulheres. A maior parte delas jovens com até 29 anos, com menos de dois anos nas empresas, escolaridade superior a dos homens, mas com salários até 20% menores dos profissionais do sexo masculino. Semelhante aos homens, 72% das mulheres metalúrgicas não têm três anos completos de empresa. É o que revela o levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos em Sorocaba (Dieese-Sorocaba) nas 13 cidades abrangidas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

As mulheres metalúrgicas que trabalham na produção e têm no máximo três anos de empresa recebem em média R$ 1.054,21, enquanto a remuneração média dos homens com as mesmas características é de R$ 1.257,93. O assessor técnico do Dieese-Sorocaba, Fernando Lima, ressalta essa diferença salarial não é para as mesmas funções, mas trata-se do salário médio geral de trabalhadores de linha de produção nas empresas metalúrgicas.

O estudo revela que nos últimos anos houve um aumento acentuado na contratação das mulheres. Em 2006 eram 5.233; em 2007, 6.246 e 2008, 6.502. O ritmo de contratações de homens continua maior do que o das mulheres metalúrgicas, mas as admissões delas na região cresceu 24,45% cresceu 24,25% em dois anos.


Jornal Cruzeiro do Sul

Notícias CNM/CUT