O debate aconteceu no Sindicato dos Metalúrgicos, mediado pelo vereador Francisco França. Inicialmente, cada candidato teve 15 minutos para suas exposições iniciais. Depois, foram abertos dois blocos de cinco perguntas do público, dirigidas aos dois concorrentes e, por fim, cada um teve sete minutos paras as considerações finais.
Primeiro a falar, Triniti destacou o governo Lula, um "marco histórico". Para ele, a direita apostou num fracasso inicial do governo e errou; depois, com a história do 'mensalão', os mesmos setores "apostaram e erraram mais uma vez", afirmou. Conforme o candidato da chapa Unidade na Luta, "a direita vai radicalizar em 2010" e a nova direção partidária vai ter que se preparar e estar unida "para 2010 e para 2012".
Ele ainda destacou que Paulo Henrique Soranz assumiu a presidência do PT Sorocaba em 2005 "em plena crise política e com enormes problemas financeiros. Quem assumir agora, vai encontrar uma situação mais tranquila e as contas saneadas", frisou. O principal acerto da atual direção, além da questão financeira, disse Triniti, "foi a retomada da política de nucleação, que aproxima o partido das bases, nos bairros e regiões". Uma de suas principais propostas, finalizou o candidato, "é incentivar e acelerar a criação de núcleos. Creio que podemos chegar a mais de 25 em Sorocaba".
Por sua vez, Arnô saudou o fato de o PT "ser o único partido que debate". Ele afirmou que há muita concordância com José Carlos Triniti na análise do governo Lula. Destaca, no entanto, que as "divergências estão nas alianças e no pragmatismo, em todos os níveis". Sua intenção, disse o candidato, é "resgatar a história do PT". Arnô disse que é inadmissível que o partido não tenha candidatura própria ao governo de São Paulo. "Não dá para aceitar o apoio a uma candidatura de outro partido, mesmo que seja da base aliada".
O ex-vereador reclamou ainda da ausência de um "veículo de comunicação do partido" e do que ele chamou de "falta de debate interno". Para ele, a política de nucleação em curso - defendida pelo outro candidato - envolve riscos. "Os núcleos não podem ser bases eleitorais", finalizou Arnô.
Respondendo a uma pergunta do público, os dois candidatos fizeram questão de frisar que, ao contrário do que já aconteceu em outros momentos na vida do PT Sorocaba, ambos não têm a menor intenção de deixar o partido caso não se elejam à presidência.
PT Sorocaba