A sexta edição da manifestação, fundamental para implementar uma política de valorização do salário mínimo no Brasil, contou com mais de 20 mil trabalhadores que deixaram o estacionamento do estádio Mane Garrincha, na região central de Brasília, às 9h30, e caminharam rumo ao Congresso Nacional.
Neste ano, as centrais definiram seis eixos unificados: votação do PL 01/07 que efetiva a política de valorização do salário mínimo; novo marco regulatório para o pré-sal, atualização dos índices de produtividade da terra e aprovação da PEC 438/01 contra o trabalho escravo; ratificação das Convenções 151 e 158 da OIT; aprovação do PL sobre a regulamentação da terceirização e combate à precarização nas relações de trabalho e, principalmente, redução da jornada sem redução do salário.
A mobilização levou também outros representantes dos movimentos sociais ao Distrito Federal, representados pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), que pela primeira vez participou da mobilização.
Parlamentares do campo democrático e popular também marcaram presença e manifestaram apoio às reivindicações.
Por volta das 11h, a marcha estacionou diante do edifício do Congresso. O presidente nacional da CUT, Artur Henrique, explicou os resultados positivos da aprovação de cada eixo da pauta da classe trabalhadora pelos parlamentares, em especial da valorização do salário mínimo. "Mais de 20 milhões de brasileiros vivem com um salário e dependem que os deputados federais e senadores garantam a recuperação do mínimo até 2023, fazendo com que isso não seja uma política apenas de governo, mas também de Estado", defendeu.
Após o ato, os trabalhadores cutistas seguiram para a Praça dos Três Poderes, onde encerraram a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora. Diante da sede do STF, protestaram contra o interdito proibitório, instrumento que a Justiça concede para frear a mobilização dos trabalhadores, e a criminalização dos movimentos sociais.
CUT