domingo, 26 de julho de 2009

Metalúrgicos entregam reivindicações para três grupos

Nesta quinta-feira (23), foi lançada em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a Campanha Salarial do Ramo Metalúrgicos Cutistas, atividade que reuniu presidentes e dirigentes dos 13 Sindicatos filiados a FEM-CUT e cerca de 1.500 integrantes da categoria.

O presidente do Sindicato, Sérgio Nobre, alertou: "No ano passado quando estávamos em um momento de crescimento econômico a campanha foi difícil, nesse será mais, mas o caminho do crescimento é dinheiro na mão da classe trabalhadora, para aumentar o consumo e fazer a economia girar".

A pauta de reivindicações foi entregue para o Grupo 2 (máquinas e eletreletrônicos) e o Grupo 8 (trefilação, artefatos de ferro, materiais ferroviários etc) pelo próprio Sérgio Nobre e também pelo presidente da sede, Valmir Marques (Biro Biro), Isaac do Carmo, de Taubaté, Alexandro Ribeiro, de Salto, Adenilson Terto, de Sorocaba e o diretor de organização do Sindicato dos Metalúrgicos de Itú, Manoel Feres.

Entre as falas foi colocado o desafio de encontrar o ponto de equilíbrio na categoria, já que empresas que fornecem para o mercado interno estão em situação melhor que as fábricas que vendem para o exterior, o que reflete diretamente na categoria.
Os metalúrgicos brasileiros injetam anualmente R$ 30 bilhões na economia e cada ponto percentual de reajuste representa mais alguns milhões em circulação. "Todos sabem que a crise afetou o setor industrial brasileiro, mas sabem também que nós já pagamos a conta", destacou Biro Biro da FEM.

"Recado para os patrões"

Para Adi dos Santos Lima, presidente da CUT SP, o primeiro ato é a demonstração de como entrar na campanha. "Este é o recado que vamos dar para os patrões: não serão as dificuldades que vão nos colocar de joelho, não é a crise que fará com que os metalúrgicos abaixem a cabeça".

Outro presidente, Carlos Grana, da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/ CUT), afirmou: "Passamos o ano todo nos preparando e o final é o mais importante, a hora que saem as notas. É ai que devemos estar todos unidos em busca do melhor índice de reajuste".

Após o ato diante da Fiesp, os presidentes dos 13 sindicatos filiados a FEM também entregaram as pautas para o Grupo 3 (autopeças, forjaria e parafusos) e das montadoras.

A categoria tem mais de 200 mil trabalhadores no Estado de São Paulo - 97 mil desse total na base dos Metalúrgicos do ABC (São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra). A data base é setembro. No ano passado, a categoria conquistou o melhor índice de todo o País (11,01%).

Rede Brasil Atual

Notícias CNM/CUT