quarta-feira, 7 de abril de 2010

Governo Serra: 39 meses de desprezo a programas sociais

O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, renuncia hoje (31/3) ao cargo de governador de São Paulo deixando um histórico de baixos investimentos em programas sociais, no combate à criminalidade e também em infra-estrutura.

Das 805 ações previstas no orçamento de 2009 para essas áreas, Serra deixou de executar 133 e executou apenas parcialmente 732, segundo relatório produzido pela assessoria financeira do PT na Assembleia Legislativa.

No ano passado o Governo Serra previu investimento de R$ 1,29 bilhão para a melhoria das estradas vicinais, mas investiu somente R$ 617 milhões – menos da metade. Na área da saúde o programa Dose Certa, que fornece remédios gratuitamente à população pobre, recebeu R$ 12 milhões menos do que o orçamento previa. Serra também deixou de aplicar R$ 28 milhões destinados ao Programa Ler e Escrever, R$ 92 milhões previstos para a reforma de fóruns e R$ 59 bilhões que reservara no orçamento para o Programa Inteligência Policial.

Em outras áreas o Governo Serra se omitiu inteiramente. Não investiu nenhum centavo, por exemplo, em ações para redução da mortalidade materna e infantil; em projetos do fundo paulista de habitação de interesse social, na concessão de subsídios habitacionais; na inclusão de jovens e adultos no ensino médio/EJA; em crédito para expansão no agronegócio paulista, na organização e realização de conferências de saúde e no monitoramento do sistema educacional paulista.

Num balanço que publica hoje sobre os três anos e três meses do mandato de Serra, o jornal Valor Econômico diz que o governo dele aumentou investimentos com foco na área de Transportes, reduziu despesas com pessoal, aumentou a arrecadação tributária, intensificou a privatização, aumentou o endivididamento do estado, produziu avanços apenas tímidos na educação e, na área de segurança pública, assiste a um aumento na taxa de homicídios.

Fonte: Brasília Confidencial
Foto: Divulgação

Notícias CNM/CUT