quarta-feira, 7 de julho de 2010

Sem acordo com Executivo, Coleta Seletiva Solidária volta a ser discutida

O projeto de lei que institui no município o Programa de Coleta Seletiva Solidária, de autoria do vereador Izídio de Brito (PT), entra na pauta de votações de quinta-feira (8). O vereador decidiu que vai manter o projeto em pauta, uma vez que não houve acordo com o Executivo, em reunião realizada na manhã de quarta-feira (7) com os secretários Rodrigo Moreno (Governo e Planejamento), Roberto Juliano (Parcerias) e o assessor especial do prefeito Vitor Lippi (PSDB), Carlos Laino.

Com o propósito de debater um programa unificado para ampliação da coleta seletiva e a remuneração dos catadores por meio da transferência dos valores pagos, hoje, por tonelada coletada do lixo convencional às cooperativas, a reunião foi agendada durante a sessão da última quinta-feira (1º), quando vários vereadores se manifestaram a favor da derrubada do parecer jurídico contra o Projeto. Os vereadores Paulo Mendes (PSDB), João Donizeti (PSDB), Luís Santos (PMN) e Ditão Oleriano (PMN) também participaram da reunião.

Sem acordo

Durante a reunião, o secretário de Parcerias, Roberto Juliano, responsável pela coleta seletiva do município, se manifestou contra a remuneração das cooperativas de catadores, que já prestam o serviço sem o devido apoio do governo municipal. “A questão é que estávamos aguardando uma resposta sobre o projeto desde outubro do ano passado”, conta Izídio de Brito.

Por isso, o vereador petista optou por colocar o parecer do projeto em votação nesta quinta-feira. Para ele, o diálogo ainda é a melhor saída, “porém ficou claro que existe falta de vontade política em solucionar a questão e não existem mais motivos para continuar a negociar. Não podemos esperar mais”, ressalta.

Izídio de Brito acredita que o prefeito Vitor Lippi está perdendo uma grande oportunidade, tendo em vista a dificuldade que Sorocaba vem enfrentando para conseguir uma licença para a construção de um novo aterro, já que o atual está vencido. “Com a coleta seletiva implantada, só temos a economizar, já que se estima que 33% das 13.500 toneladas de ‘lixo’ aterradas por mês são compostas por materiais recicláveis. Com a coleta, ocorrerá uma diminuição imensa na quantidade a ser importada e garantiremos uma vida mais longa para nosso futuro aterro”, explica.

Para ele, Lippi também está deixando passar a chance de Sorocaba se tornar referência nacional na universalização da coleta seletiva solidária. “Por isso amanhã lutaremos pela derrubada do parecer jurídico junto de todos os vereadores que acreditam nesse projeto e com o apoio de catadores e catadoras, que já garantiram presença na votação”, afirma Izídio.

Notícias CNM/CUT