Na prática, o assunto volta a ser discutido somente em 7 de agosto, já que amanhã é a última sessão antes do recesso parlamentar. Nem a pressão popular, com a presença dos catadores da Cooperativa de Reciclagem de Sorocaba (Coreso), que lotaram o plenário, foi suficiente para dar andamento à matéria. “Estou vendo que esse projeto vai morrer, mas nós vamos continuar lutando. A Câmara saiu hoje queimada perante a sociedade”, falou Izídio.
A discussão sobre a derrubada ou não do parecer da Comissão de Justiça e da Consultoria Jurídica da Câmara - que diz que o PL é contrário ao que diz a Constituição, por ter sido elaborado por um vereador quando, na verdade, seria de competência do Executivo, pois gerará ônus aos cofres públicos - por vezes foi desviada para a questão do mérito da proposta. Nem a presença do secretário de Governo, Rodrigo Moreno, e do assessor Carlos Laino, em conversas pelos cantos com a maioria dos vereadores - já que a Prefeitura é contra a proposta e quer um outro projeto para a continuidade da atuação das quatro cooperativas de reciclagem na cidade, que tem como base a unificação - foi suficiente para garantir o apoio irrestrito ao parecer.
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A fala de Izídio, na abertura do debate, foi apoiada pela reprodução de um vídeo no qual o prefeito Vitor Lippi (PSDB), então candidato à reeleição, assumia o compromisso de implantação de 100% de coleta seletiva na cidade. (VEJA AQUI) “A população colocou 79% dos votos na proposta deste prefeito. Sorocaba não pode concordar em pagar 167% a mais, a partir de agosto, para exportar seu lixo”, argumentou Izídio, referindo-se ao encerramento das operações do aterro do retiro São João, previsto para o segundo semestre.
Jornal Cruzeiro do Sul