Inconformados com a atitude do chefe do Executivo, um grupo de aproximadamente 30 catadores ligados a CORESO foram à sede do governo sorocabano. Eles queriam audiência imediata com Vitor Lippi, mas conseguiram audiência para quinta-feira, 15.
A manobra
Depois de várias tentativas de negociação com a Prefeitura, Izídio, em acordo com a maioria dos 20 vereadores da Casa, conseguiu colocar o projeto em votação. O petista esperava contar com o apoio de pelo menos 10 parlamentares, o que garantiria a aprovação da proposta,
Mas logo cedo, antes da votação, Lippi escalou o secretário Roberto Moreno [Governo e Planejamento] e o assessor especial Carlos Laino para convencerem os vereadores a não aprovarem o projeto.
Eles conseguiram. Depois de várias investidas pessoais no plenário, a Câmara votou pela retirada do projeto de pauta por uma sessão. Como o Legislativo entra em recesso, a proposta só volta a ser discutida em agosto.
Além de Izídio, apenas França, Caldini Crespo, Ruby e Cláudio do Sorocaba 1 votaram em favor da coleta remunerada.
O projeto
A proposta institui o Programa de Coleta Seletiva Solidária em Sorocaba.Pela proposta do vereador, o Paço pagaria o mesmo valor - R$ 103 por tonelada - para os catadores, que deveriam se organizar em cooperativas.
Além de ampliar a coleta seletiva na cidade com inclusão e melhora dos rendimentos dos catadores, o vereador argumenta que a proposta também protege o meio ambiente. "O volume de reciclagem em Sorocaba seria imensamente maior e não aumentaria nenhum custo à prefeitura. Ela apenas iria deixar de pagar a empresa pela coleta convencional e passaria a remunerar os catadores", conclui o parlamentar.
Imprensa Smetal Sorocaba