Prestes a voltar para casa, a auxiliar de limpeza Arabela Lisboa, 39 anos, só pensa no último desafio do dia. Pior que trabalhar por oito horas em pé, é enfrentar o ônibus lotado para voltar para casa. "É péssimo. A gente sofre com esse aperto", diz. "Os ônibus estão mais bonitos, novos, mas só cabe gente em pé. Todo santo dia é assim", aponta. Na enorme fila de embarque, já no início da noite, outras pessoas fazem coro com Arabela no terminal Santo Antonio. Para as mulheres, alertam, a superlotação dos veículos traz um incômodo a mais pela presença de passageiros que abusam do contato físico.
Para quem vai embarcar com criança, a coisa se complica ainda mais. A auxiliar administrativa Luzia Cristina dos Santos, 41 anos, esperava na fila com a filha Letícia, 7 anos. "Tem que tomar muito cuidado. É muita gente se espremendo e pode até machucar", diz.
A movimentação de pessoas nos dois terminais é interminável. A maior concentração de usuários está no início da manhã e final da tarde. A média mensal dos passageiros no primeiro quadrimestre de 2010 foi de 4.262 milhões.
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Jornal Bom Dia